terça-feira, fevereiro 28, 2006

Um hino à situação actual do jovem tuga:

«O rapaz até que não é burro
tem é falta de uso
mete o nariz onde não é chamado
como um parafuso
ó meu rapaz, tu só és senhor
do nariz que é teu
aqui paro para explicar uma coisa:
é que o rapaz sou eu
e assim fala quem quer mandar em mim
e assim fala quem quer mandar em mim
e assim fala quem quer mandar em mim
não protestes
não desfiles
não contestes
não refiles
já joguei ao boxe, já toquei bateria (trapum)
p´ra ver se me livrava desta energia
nada feito, que arrelia

isto no fim não passa de uma fase
que passa com o uso
foi muita liberdade de uma vez
e o rapaz está confuso
agora é tempo de apertar com ele:
olha, acabou-se a farra
ai, ai que este país está de pantanas
e não há quem o varra
assim fala quem já me quis varrer
assim fala quem já me quis varrer
assim fala quem já me quis varrer
não protestes
não desfiles
não contestes
não refiles
já joguei ao boxe, já toquei bateria (trapum)
p'ra ver se me livrava desta energia
nada feito, que arrelia

durante algum tempo foi necessário
pôr o rapaz a uso
pô-lo a gritar sobre o prestigio pátrio
e o orgulho luso
agora só nos faltava ele querer
virar o feitiço
contra o feiticeiro que o pôs a render
é que nem pensar nisso
assim fala quem me pôs a render
assim fala quem me pôs a render
assim fala quem me pôs a render
não protestes
não desfiles
não contestes
não refiles
já joguei ao boxe, já toquei bateria (trapum)
p'ra ver se me livrava desta energia
nada feito, que arrelia»

sábado, fevereiro 25, 2006

Pois é, pois é, agora vem aí o sôr Aníbal, mas sejamos honestos, não foi o sôr Aníbal quem ganhou, mas sim o PS quem perdeu ao apresentar um candidato chéché, que diz e passo a citar : "O Ribeiro e Castro não é líder do PP, é líder do CDS, e faz parte do grupo do Partido Socialista Europeu, em que o Partido Socialista é um dos maiores grupos do Partido Socialista..."; isto com certeza deve ser sintomas do desgosto provocado pelas saudades do amicíssimo Carlucci...
É claro que o Manél Triste nunca poderia ganhar as eleições, nem mesmo numa eventual 2ª volta. Aquele marasmo de campanha, que se resumiu a visitas a cemitérios, nas quais proferia frases chauvinistas a cheirar a bafio, não lembra nem ao menino Jesus Cristo.
Mas como na esquerda há sempre muita opção de escolha, também não faltou o candidato da EC (Esquerda Caviar) sempre a discursar no seu estilo obstipado de quem faz muita muita muita força para ver se sai alguma coisita, mas que no fim das contas, aquilo bem escarafunchado, dá népia.
Há que realçar, claro está, que nem tudo foi horrível, houve aspectos positivos, por exemplo (por acaso é o único que me recordo) o esforço e sobriedade patenteados pelo meu camarada Cassete Jerónimo.
Mas não vale a pena descorçoar, o Cavaco não é assim tão mau, e agora apresta-se para formar um trio maravilha com o alegre (gay) Sócrates e o taciturno Constâncio. Ou seja, podemos resumir a útima eleição para PR a 10 palavras: Fónixes pá, estamos bem f......., seja o que "Deus" quiser!

sexta-feira, fevereiro 24, 2006

Morfina para a democracia perfeita

De todas as coisas chocantes que nos chegam dos EUA esta nem é particularmente significativa.. mas talvez nos permita despertar as mentes e obrigar-nos a formular opiniões tanto a nível ético como social.
O que aconteceu foi que, após a passagem do Katrina, alguns médicos decidiram administrar doses letais de morfina a pacientes. Estes confessam que “não havia alternativa”. As famílias, muitas fervorosamente religiosas, não aceitam a desculpa.
Incrivelmente, depois de ter feito uma pequena pesquisa na net verifiquei que já se sabia desta história desde o ano passado, e que o assunto foi noticiado de tal maneira nos EUA que é quase impossível não nos compadecermos com a versão dos médicos. Quando pensamos que estamos a evoluir para nos tornarmos sociedades mais abertas e mais tolerantes somos confrontados com situações como estas... uma aplicação da lei do mais forte: se não fazemos nada de ti, então injectamos-te morfina porque não há alternativa e ficamos de consciência tranquila porque morreste a dormir.
Não se deixem dormir!

terça-feira, fevereiro 07, 2006

Começa finalmente a ouvir-se falar do estatuto de bolseiro em Portugal, um estatuto aliás muito pouco digno para profissionais altamente qualificados... nem a uma declaração de IRS têm direito, muito menos a um contrato razoável de trabalho. Será que algum dia este nosso país atingirá um nível de desenvolvimento que permita uma carreira estável em ciência ou será que vamos continuar a investir em cientistas que acabam por fugir para o estrangeiro...