sexta-feira, abril 27, 2007

SHORTBUS

Num mundo (ou melhor, numa única cidade) onde existe uma terapêuta sexual (ela diz-se uma conselheira de casais) que nunca teve um orgasmo na vida, onde vive uma dominatrix pseudo-artista de polaroids que tem dificuldades em ter qualquer tipo de relacionamento humano, e onde um casal gay tenta iniciar-se a uma relação mais liberal (a 3 entenda-se...) com voyeurismo à mistura e um auto-fallatio bem sucedido, só dá mesmo vontade de abandonar tudo o que é enfadonho e desinteressante para ir alugar um quartito nesta metrópole onde convivem tais personagens. Junte-se um(a) mistress dos encantados e deslumbrantes e tudo o que nos parece tão clastrofóbico (e que tal um frasco de comprimidos goela abaixo numa piscina de um ginásio que tem salva-vidas?!?!?!?) enche-se de ar puro, para logo uma banda filarmónica tocar a nossa música favorita quando, finalmente, a luz da cidade retoma para iluminar-nos pela escuridão, aquela onde o mal que sempre espreita. É óbvio que nada teria interesse sem uma dose alucinante de exploração sexual de nós proprios, sempre a olhar o limite dos nossos corpos e do prazer que nos é oferecido. Com quem vier e se mostrar interessado.
É assim o mais recente filme de John Cameron Mitchell, que ontem se fez ver na 4ª edição do IndieLisboa. Maravilhoso. Libertador. Inteiro. E obviamente, muito, mas mesmo muito sexualmente explícito, para regalo de quem não tiver a mínima vergonha de si próprio.
Tempos de luz aproximam-se...http://www.youtube.com/watch?v=H8A1dwEhSMY

1 comentário:

Morgaine disse...

Primeiro, bem aparecido seja, BF. Depois, o clip parece ser realmente muito prometedor. Fiquei com a pulga atrás da orelha :)