segunda-feira, abril 09, 2007

Odeio criancinhas



É oficial, não suporto criancinhas.
Para onde quer que me vire, em qualquer canal ao qual dê a rara oportunidade de exibir a eterna publicidade, lá estão elas: alegres, bem vestidas e bem maquilhadas, a fazer exactamente o que se espera delas. Ainda consigo controlar o meu asco em alguns dos anúncios, é algo cultural: quando vemos um rebanho de criancinhas a procurar o final do arco-íris para descobrir um fantástico detergente para lavar a roupa isso já nem nos afecta, é natural: convivemos com essa publicidade durante todas a nossa vida e saímos ilesos. Quando vemos reportagens sobre um cabeleireiro/esteticista que abriu para servir exclusivamente os interesses das criancinhas mais vaidosas e abastadas (ou das suas mamãs...) achamos estranho, fazemos um comentário para o colega do lado e esquecemo-nos rapidamente.Mas agora, anúncios com criancinhas a fazer propaganda a uma manteiga que alimenta o cérebro ou outro a mais um detergente de roupa que as deixa tão brilhantes que os professores não as largam é de bradar aos céus...
Pudera residir aí a solução para os problemas do mundo: alimentávamos as nossas crianças a doses de manteiga em vez de lhes darmos livros e vestiamo-las de branco resplandescente em vez de as pormos a rebolar na relva e talvez daqui a 20 anos teríamos adultos com algo na cabeça, que não se tornassem o público alvo de anúncios tão estúpidos como estes dois.

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